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Presente em 19 países e após acertar com a Casa dos Ventos um contrato para o projeto solar Milagres (CE – 210 MW), a Lightsource BP continua querendo crescer no Brasil e se expandir. A empresa, que é uma joint venture 50/50 entre a Lightsource e a empresa integrada de energia britânica BP, tem um pipeline de 4 GW no país em projetos em desenvolvimento com foco na fonte solar. Ricardo Barros, Country Manager da empresa, em entrevista à Agência CanalEnergia, conta que a Lightsource BP quer até 2025 ter 25 GW de projetos desenvolvidos.

“Isso já mostra um pouco do tamanho da nossa missão como empresa no mundo. O Brasil certamente é um país com potencial enorme. Então aqui ela tem essa pegada de muita ambição, vontade de crescimento e geração de valor,” explica o executivo. Barros conta que a intenção da empresa não é apenas ter negócios na área renovável e contribuir com a transição energética. A Lightosurce BP também quer ir além, se diferenciando e contribuindo com as metas climáticas através dos seus empreendimentos e ainda atuando em prol das comunidades locais dos projetos, seja por meio de projetos socioambientais ou mesmo incentivando melhorias nas escolas das regiões. “Estamos aqui para criar valor ao nosso acionista, mas temos papel talhado a nossa proposta também que vai muito além disso”, ressalta.

O projeto Milagres, o primeiro da empresa no país, vai gerar 800 empregos na região e deve entrar em operação em janeiro de 2024. Para futuras aquisições visando a expansão, a empresa busca por projetos que estejam em fase avançada de desenvolvimento, próximos de terem o parecer de acesso ou até que já o tenham, de modo a acelerar o crescimento, mas sem perder os objetivos de geração de valor. A Lightsource tem ainda projetos em desenvolvimento nos estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Sem dar mais detalhes, Barros revela estar em negociações avançadas para aquisições.

Apesar de não descartar a compra de projetos operacionais, a prioridade da Lightsource BP é comprar projetos para construir e depois operar. Baseado em projeções setoriais, Barros ainda vê um forte crescimento no longo prazo no mercado solar brasileiro. Outro ponto salientado foi a forte competitividade que a fonte vem apresentando no mercado livre. A volatilidade no câmbio que impactou a cadeia solar não assusta mais por já estar mitigada via instrumentos como o poder global de compras, que aumenta a força de negociação.

O contrato assinado com a Casa dos Ventos não é o único para a UFV Milagres. A Lightsource BP tem quatro PPAs para o projeto. Segundo Barros, são quatro contratos com clientes e perfis diferentes. O executivo projeta para o segundo semestre buscar contratos mais curtos, com duração de até quatro anos. O vetor de crescimento da empresa será o mercado livre de energia, mas não há objeção para eventuais oportunidades em leilões de energia do mercado regulado. Barros lembra que a energia solar teve o preço mais competitivo no último leilão.

A aprovação do PL 414, que moderniza o setor elétrico, é vista com bons olhos pelo executivo da Lightsource BP. Para ele, o projeto é importante porque traz a liberalização do mercado. O movimento é considerado por ele como relevante, por dar a opção para o consumidor de migrar e trazer disputa ao mercado. “No final das contas é um viés de tornar economia do Brasil mais competitiva”, avisa.